terça-feira, 9 de outubro de 2007

mais um dia

outro dia
outros ares
outras faces
humores esfacelam e se desfazem

eu, você, mero acaso
se é o caso de se pensar em nós.
Nossas almas ressoam
aquele lá maior que espera por nós

Nós que liguem os fios,
os trapos dessa malha
que restou da condição humana
hoje estrupiada e esfolada

Será por isso que é difícil dizer
nós somos, seremos ainda?
a permanencia é transitória,
os paradoxos soam senso-comum

Ainda resta algo comum?
Os sentidos sobreviverão
aos raios de sol?
Serão encinerados ou irão desabrochar?

O sol, você e eu,
estamos todos no mesmo barco,
somos todos corpos terrenos ou celestes
atravessando

se a travessia for possível
nos encontraremos
nem que como paralelas
nem que seja no infinito.

2 comentários:

Renato Tardivo disse...

que boa surpresa encontrar este rosto... de versos/arestas muito bonitos.

Danilo SG disse...

Ficou muito bom! Ler essa poesia me trouxe questões... Precipito algumas delas, não são meramente provocativas!
O infinito serve de alento, assim como Deus? Amar no infinito... não seria como amar o Espírito Santo?
Deus... "aquele lá"... "maior". Rs!

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