sábado, 29 de setembro de 2007

Preciso

Preciso do tempo
pra lembrar de mim
pra te ver melhor:
o verde de nós

Preciso do tempo
Aquele que passa
mas deixa a gente
Sinal de fumaça

Preciso do tempo
que sopre a poeira
de cima de ti e faça glória
Grãos de areia ao milhares
Cintilando pelos ares
Numa chuva em pleno sol

Preciso do tempo
e do movimento
que dá sentido
pra onde eu vou

Preciso do tempo
que faz a memória
contando a história
da gente, meu bem

Precindo do tempo e por isso mesmo
agora não há, agora já era
outrora já fora
e não se lamente
pois neste presente
cultivo um lar para mim

E essa morada
que seja meu templo
que não vem sem tempo
pra eu descansar

Preciso do tempo
pra olhar pra mim
e vendo de dentro
poder caminhar

E que nesse tempo
que eu não me perca
já que solta ao vento onde irei parar?

Preciso do tempo,
preciso do vento
Sem algum templo
Já sei, não vai dar

Levada no vento
em meio à poeira
perdida do centro
posso me acabar

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