sexta-feira, 19 de outubro de 2007

o amor (revisitado)

O amor é uma música bela de alguma sorte que é sem refrão
O amor engendra encontros de vida ou morte pra um coração

O canto que rasga o mundo, explode os sentidos
em estilhaços na pele, feito poeiras ao sol
Ecoa e vai sendo ouvido até lá na frente
Pra além de qualquer cidade, por toda essa estrada

O amor é uma música nova de alguma sorte que eu quero ouvir
O amor é um quadro do dia que em seu avesso continua a existir

O riso que encontra o fim dos lábios e escapa
sem esperar seu momento restando ao rosto corar
Não busca nada, parando o tempo dos olhos
Nos olhos que nesse instante desfazem em céu e mar

O amor é uma música fugaz de alguma sorte que exige replay
O amor liga caminhos (in)versos de um universo sem sol nem lei.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A procura do barco

Já estava em alto mar...
Naufrago.
Aprendendo deixa-se levar pelas marés.

Mas no horizonte vejo um barco
o sol nele brilha e vejo
miragem?

se aproxima, posso tocá-lo.
fecho os olhos, ainda o sentindo...
acordo.

Foi só um sonho?
Ou já estou na praia?

terça-feira, 9 de outubro de 2007

mais um dia

outro dia
outros ares
outras faces
humores esfacelam e se desfazem

eu, você, mero acaso
se é o caso de se pensar em nós.
Nossas almas ressoam
aquele lá maior que espera por nós

Nós que liguem os fios,
os trapos dessa malha
que restou da condição humana
hoje estrupiada e esfolada

Será por isso que é difícil dizer
nós somos, seremos ainda?
a permanencia é transitória,
os paradoxos soam senso-comum

Ainda resta algo comum?
Os sentidos sobreviverão
aos raios de sol?
Serão encinerados ou irão desabrochar?

O sol, você e eu,
estamos todos no mesmo barco,
somos todos corpos terrenos ou celestes
atravessando

se a travessia for possível
nos encontraremos
nem que como paralelas
nem que seja no infinito.

Comunicação

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Entre Terra e Céu: Chuva

Ondas de Minas

Ondas de Minas
manhã de sábado