Preciso do tempo
pra lembrar de mim
pra te ver melhor:
o verde de nós
Preciso do tempo
Aquele que passa
mas deixa a gente
Sinal de fumaça
Preciso do tempo
que sopre a poeira
de cima de ti e faça glória
Grãos de areia ao milhares
Cintilando pelos ares
Numa chuva em pleno sol
Preciso do tempo
e do movimento
que dá sentido
pra onde eu vou
Preciso do tempo
que faz a memória
contando a história
da gente, meu bem
Precindo do tempo e por isso mesmo
agora não há, agora já era
outrora já fora
e não se lamente
pois neste presente
cultivo um lar para mim
E essa morada
que seja meu templo
que não vem sem tempo
pra eu descansar
Preciso do tempo
pra olhar pra mim
e vendo de dentro
poder caminhar
E que nesse tempo
que eu não me perca
já que solta ao vento onde irei parar?
Preciso do tempo,
preciso do vento
Sem algum templo
Já sei, não vai dar
Levada no vento
em meio à poeira
perdida do centro
posso me acabar
sábado, 29 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
uma poesia de maio de 2007
Do alto da ponte a visão é densa
massa turva e compacta da destruição
outrora houvera águas límpidas? Vale habitável?
Não posso ver
O peso da paisagem me inunda
odres fétidos, asfixia carbônica;
o peso da bagagem, aridez de ar e sol.
Sinto muito...
Sentidos, sentenças, ruminação
velhas feridas, desesperança;
a brisa de maio, de dia lindo,mas de outono,
faz ressurgir nostalgia.
Sensação da velha estranheza
essa companhia solitária que desacomoda a vista,
amplia o mundo e dimensiona
a insignificância sem brilho das ações
Minhas ações. Alucinações
de oásis no deserto do real.
Desertar? Jamais...
Deter-se mais no muito que sinto
Inspirar, sentir, colher sentidos na inspiração
e neles afundar até que a inevitável
expressão os despoje de mimfaça-os mundo por mim
sem emergência, devagar.
Como oráculos sagrados
em orações coordenadas e dialogo tônico.
Faz-se possível a ilusão: nas pontes da linguagem
invento e descubro minha travessia.
massa turva e compacta da destruição
outrora houvera águas límpidas? Vale habitável?
Não posso ver
O peso da paisagem me inunda
odres fétidos, asfixia carbônica;
o peso da bagagem, aridez de ar e sol.
Sinto muito...
Sentidos, sentenças, ruminação
velhas feridas, desesperança;
a brisa de maio, de dia lindo,mas de outono,
faz ressurgir nostalgia.
Sensação da velha estranheza
essa companhia solitária que desacomoda a vista,
amplia o mundo e dimensiona
a insignificância sem brilho das ações
Minhas ações. Alucinações
de oásis no deserto do real.
Desertar? Jamais...
Deter-se mais no muito que sinto
Inspirar, sentir, colher sentidos na inspiração
e neles afundar até que a inevitável
expressão os despoje de mimfaça-os mundo por mim
sem emergência, devagar.
Como oráculos sagrados
em orações coordenadas e dialogo tônico.
Faz-se possível a ilusão: nas pontes da linguagem
invento e descubro minha travessia.
Inauguração
Estou inaugurando esta nova porta, de entrada, de saída, de passagem,
mesmo que virtual, cria essa intersecção, essa sobreposição, malha de realidade entre eu e você, entre mim e ti, entre nós...
Abri o caminho e por enquanto estou só...
mesmo que virtual, cria essa intersecção, essa sobreposição, malha de realidade entre eu e você, entre mim e ti, entre nós...
Abri o caminho e por enquanto estou só...
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