terça-feira, 25 de setembro de 2007

uma poesia de maio de 2007

Do alto da ponte a visão é densa
massa turva e compacta da destruição
outrora houvera águas límpidas? Vale habitável?

Não posso ver
O peso da paisagem me inunda
odres fétidos, asfixia carbônica;
o peso da bagagem, aridez de ar e sol.
Sinto muito...

Sentidos, sentenças, ruminação
velhas feridas, desesperança;
a brisa de maio, de dia lindo,mas de outono,
faz ressurgir nostalgia.

Sensação da velha estranheza
essa companhia solitária que desacomoda a vista,
amplia o mundo e dimensiona
a insignificância sem brilho das ações

Minhas ações. Alucinações
de oásis no deserto do real.
Desertar? Jamais...
Deter-se mais no muito que sinto

Inspirar, sentir, colher sentidos na inspiração
e neles afundar até que a inevitável
expressão os despoje de mimfaça-os mundo por mim
sem emergência, devagar.

Como oráculos sagrados
em orações coordenadas e dialogo tônico.
Faz-se possível a ilusão: nas pontes da linguagem
invento e descubro minha travessia.

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