sábado, 8 de março de 2008

A vida

Se você observar bem, vai ver... Olhando através da malha de desentendidos das histórias, vai ver... Deixando as lágrimas correr assim, sem leito... Olhando prá trás, tentando achar o fio condutor... Olhando ao redor e se deparando com tanta gente, gente de todos os cantos, como você, como eu... Olhando bem no fundo dos olhos, ou no raso das mãos... Ouvindo o que é dito, sem pretender as palavras, sem se prender no que elas possam estar dizendo, ouvindo apenas o fundo a partir de onde elas brotam...Conseguindo sobreviver à emoção de um flagrante de vida, nos olhos, no olfato, no êxtase, na visão do mundo inteiro a crescer... Parando prá ouvir, ou ouvindo e parando um pouco, bem pouco, apenas o suficiente prá saber que seu coração ainda bate... Sempre bate, sempre pulsa e faz o tempo prá você... Inspirando profundamente, permitindo que o vento traga o mundo prá você... Parando de resistir à força que flui nas suas veias... Não mais se importando que tudo isso decole, se seu coração parar de bater, sabendo que o mundo continuará a girar, as luas continuarão a mudar, o mar estará lá...o mar. Do mar à vida, da vida ao mar, peixeando a multidão. Um rosto se esboça, no bocejo do mundo. Apenas isso: rosto, mar, mundo, fundo, fundo, fundo.

Um comentário:

Renato Tardivo disse...

e enfim podemos ser aquilo que sempre fomos: ?

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